Pouco sei de quem sou
Eu sou o que de mim resta O que é, nem eu sei Tanto tempo já passou Que não lembro o que perdi Nem sei o que deixei Do pouco fragmento faltam peças E outras sobram incômodas, dispersas Já sou quem não sou! E quem não sou simplesmente sou eu! Não sou nada que não seja nada além de mim Quem fui já não há mais de existir Ser quem não quis Meu ex ser morreu como semente de anis Já não sou quem imaginei (Se é que algum dia fui Ou se sequer realmente imaginei) Mas dos cacos rachados Que os deuses se debruçaram para ver quebrar Ainda sou vidro forte Fácil de juntar Sou o que semeei E de mim pouco sei