Fragmento
[…]Ela ficou sem reação: não sabia se ficava feliz por reencontrá-lo, ou assustada por vê-lo ali. Com a mesma rapidez com que seus olhos capturaram a imagem dele, com a mesma a deixaram escapar. Estranhamente ela não se sentia mais perdida, o peso que parecia lhe esmagar o coração, agora era mais leve, e as lágrimas que não cessavam, encontraram um lugar para um tímido sorriso, e naquele momento, mesmo ainda chocada, ela sabia o que tinha que fazer. Aquela rua podia parecer igual a tantas outras, mas para Elisa, ela não era. Aquela rua guardava uma infância, recordações, risos, e por suas pedras o seu amor também estava guardado. “Eu o conheci exatamente aqui”, sorriu. Era estranho voltar para aquele lugar. Elisa tinha o evitado por dois anos, e estar ali não era fácil. As memórias daquele dia enchiam sua cabeça de novo. Flashes, e momento...