Um Pleonasmo

Com Saulo Barbosa

Nos amamos
Nós amamos
Eu sofri
Tu sorri
Longe estás
Longe! Estás onde?
Era
Serra
Encerra
Fugitivo
Escondido
Cigano
Insano
À procura da felicidade
Na saudade
Sorriso
Indeciso
Do outro lado
Desamparado
Te procurando
Não encontrando
Sofrendo
Morrendo
Pensando
Amando
Escuridão
Solidão
Perdido
Sem sentido
Paixão
Rastejando pelo chão
Com dor te procuro
Te absorvo
Te tudo
Por que de novo
Recomeçamos
A terminar
Exterminar
Arquitetar
Um novo nós
Novo eu
Novo você
Novo conto
Bobo
Frágil
Louco

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       Num mundo cheio de cópias e com pessoas cheias de medo de serem quem são, você estava lá. Pouco conheço, mas muito observei, e com tão pouco soube que éramos para ser. De certo num mundo que dá tudo errado- no meu mundo. E foi rápido como se a há muito fosse planejado. Meu coração não disparou, minhas pernas não ficaram bambas... foi tão natural. Não que o nervosismo não tivesse despertado o "modo boba". Encontrei em você, talvez, os mesmos receios que habitam em mim; nos seus olhos o mesmo brilho que nos meus; e nos seus gestos a mesma insegurança. Amor é tão egoísta às vezes, pois parece que gostei de você por mim. Quero, porém,  cuidar de você, dessas manias e respeitar cada escolha, e até fazer parte de algumas delas.       Veio rápido, improvável, meio de paraquedas e tão estranho - até assustadoramente incerto- que parece ser um erro. Mas amor, coincidências não existem e alguns erros valem a pena.
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 Deixe-me em pedaços Por que essa é a única forma que me reconheço Anule minha existência E me transforme em pó Eu sou a destruição Mesmo tentando o meu melhor Apenas deixo dor ao meu lado Apenas sinto a dor Não há nada que eu faça Que vai consertar o que sou Eu sou um erro. Erros devem ser apagados.
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