Guerra Invisível



Há uma nova guerra acontecendo
Ninguém a vê
Mas todos a vivem
Está no ar
Está dentro de nós
Uma guerra invisível que ninguém vence
E cada um precisa enfrentar só
Amigos ou inimigos não se diferenciam
Todos estão no mesmo lado e em lados opostos
Armas à postos
Não há fogo
Apenas a dor que arde
Não há alarde
As mortes são por dentro
Vida ao avesso
Cansei de ver olhos mortos
Distantes num horizonte inexistente
O passado presente
Quero poder abraçar o mundo
E afastar o frio que congela as almas
Calar as palavras afiadas
E beijar a boca difamadora
Segurar a mão de quem agride
Se estiverem ocupadas
Talvez não machuquem
Se forem amadas
Talvez não surtem
Não é de amor que precisamos
É de saber amar
De saber desarmar
Pois a mão que segura uma arma
Tem que saber soltá-la
Até então continuamos em guerra
A mesma invisível, impotente e solitária
Com suicídios não só ao corpo mas à alma
Aclamemos! Aclamemos!
Não só paz entre as pessoas
Mas a paz à nós mesmos!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog