Você sabia o que eu queria dizer e mesmo assim você foi embora. Merda, por que eu tenho que falar tudo em códigos! E merda por que você não me entende?. Mas você tinha entendido, mas achou melhor sair andando como se nada nunca tivesse acontecido. Se por a caso em algum momento você sentiu dor, mágoa ou arrependimento, você esqueceu de me mostrar. Enquanto eu estava ali, quase nem me aguentando em pé, e pior! Demonstrando cada sentimento estupido para você. E o que você fez? Virou a cara. Disse que era melhor assim. Melhor para quem? Começar de repente é uma coisa, mas acabar do mesmo jeito é nuclear! Mas talvez fosse isso que você queria desde o início: me deixar a os seus pé e depois me chutar. Amor é um risco, e agora me pergunto: vale a pena arriscar?

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Ela não entendeu por que sai daquele jeito, sem deixar nenhuma palavra sequer para trás. Ela não entendeu que eu estava desmoronando por dentro, a cada vez que ele me olhava. Não podíamos ficar juntos, esse era o fato. Mas queríamos insistir, e cada tentativa me arrancava um pedaço. E ela não via, ou talvez não quisesse ver, que terminar machucaria menos do que continuar. Deixar ela foi a decisão mais difícil que já tomei: aqueles olhos que tantas vezes me fizeram me perder, e aquelas lágrimas que uma vez eu tinha enxugado, perdidos e escorrendo por minha causa. Eu lutei contra todo meu ser para não voltar e abraçá-la e dizer que a amava. Mas era justamente por isso que eu estava indo embora: não queria ver mais ninguém ferido. Muito menos ela. Foi melhor assim, ou pelo menos me esforço para acreditar nisso. Talvez nós soubéssemos isso desde o início: amar é um risco para o qual vale a pena arriscar, mas pode acabar numa cicatriz, ou pior numa perda.

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