Desejo


E você se aproximava cada vez mais perto com aquele sorriso de quem sabe exatamente o que quer, hipnotizando-me com aqueles olhos, até que não tinha mais para onde fugir: havia me presando contra a parede. E a vontade de te beijar me dominou, passava as mãos pelos seus cabelos e deixavam com que nossos corpos ficassem mais perto, a medida que nossos beijos esquentavam. Você pôs as mãos embaixo da minha blusa e acariciava minhas costas, caminhando seus beijos para meu pescoço. Droga: você descobriu meu ponto fraco. Minhas pernas enlaçavam sua cintura. “Merda”. Eu não queria passar do ponto, mas não conseguia parar, até que me afastei, com cada pedaço da minha pele relutando… Você sabia o que significava. Você foi me soltando devagar como se esperasse que eu te puxasse de volta. Talvez mais um segundo eu teria feito isso. Porém, claro que você ainda tinha que sair ganhando das nossas competições imaginárias: você deu aquele sorriso, e estava escrito nos seus olhos: “ainda não terminamos por aqui”. Piscou e saiu sorrindo, deixando-me ali recuperando o fôlego, e o pouco da consciência que me sobra perto de ti. “Merda”. Pelo meu sorriso você saberia exatamente o que eu quis dizer.

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