Às vezes me esqueço de quem sou, mas quem sou realmente não importa. Eu vu me construindo por aí. Eu sou aquela emoção devastadora e sem explicação que me enche de alegria e euforia logo após assistir um filme ou um anime; aquele envolvimento que nunca saberei explicar com as histórias que leio; eu sou a pessoa que adora fazer escândalo do nada se for para alguém rir; e sou aquela que se importa com o que pensarão mas continua fazendo mesmo assim; e sim, eu sou ridícula, criança, e acredito em mundos mágicos, mas quer saber? Amo isso! De tudo diferente, ou talvez apenas uma comum que assume, eu gosto de ser assim- mesmo tendo meus momentos dramáticos- e ao lembrar de tudo que vivi, vejo que nada seria tão especial se não fosse exatamente do jeito que foi. Sem arrependimentos. Eu sei que nunca talvez irei encontrar uma definição, (e nem sou um ser mágico que nem uma vez já sonhei ser- nem uma "escolhida"), mas eu sei quem não sou. Por enquanto isso serve. ;3
Era um papel em branco, onde escrevi e despejei tudo o que cresceu dentro de mim. Tudo desde o início até então: cada palavra, cada gesto, todo amor que recebi, bem como todo o medo que enfrentei e assim selei com lágrimas. Jamais entreguei a ninguém. Era íntimo demais, e eu não queria me desfazer por medo de não lembrar mais o que eu possuia. Doces palavras me fizeram entregar esse papel a ele, e ele até o guardou no bolso. Contudo, como todas minhas desconfianças suspeitavam, não demorou muito para ele descartar o papel, amassou-o e o jogou no lixo. É onde diria que você se encaixou. Talvez tivesse para ser tido para ti desde o inicio, ou agora seja o momento certo, ou talvez você dê o mesmo inevitável fim. Mas você juntou meu papel, desamassou e pôs-se a desvendar as palavras supérfulas escritas, e se permitiu repousar o olhar nas entrelinhas. Senti-me escrita nos seus sussurros. E agora, já reescrevendo-me, em nova folha, quero entregar-te, para ser lida novamente. ...
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