É assim que venho me sentindo ultimamente. Fora de mim, em piloto automático. Vivo sinto, mas é momentâneo, rápido. É como uma queda constante, não há inicio nem fim, apenas o vazio e o ar zunindo nos ouvidos. O coração já desacelerou e agora mal ouço meus batimentos, mal há respiração. Não há noção de certo ou errado, nem de onde tudo vai dar. Não tenho foco, apenas flashes de ocasiões que tento eternizar. Há dor que sufoca e saí em extravagâncias desnecessárias, e há palavras que ficam presas e são mal interpretadas. Há tudo menos eu, há tudo menos meu famigerado eu. A essência se mostra mas a personalidade se perde, e eu me perco. Hei de pedir desculpas pois não sei o que está acontecendo. Estou tentando alcançar partes porém não as capturo, as coisas escapam das minhas mãos às vezes por milímetros. Estou perdendo o controle me agarrando a qualquer coisa que me dê a ilusão de que ainda o tenho. Perdoe-me. Sou apenas um fantasma de mim mesmo tentando ganhar forma. Esta ainda está distorcida.
Inquebrável
É óbvio que gosto disso Sou escorpiana Gostamos de ter o controle sobre tudo e todos Se não for pelo respeito Então que seja pelo desejo Ensinamos a nos olharem de baixo para cima Mas não em forma de humilhação Mas de admiração Mas se for para humilhar Então uma arte que dominamos E nem precisamos descer do salto Nossa frieza da conta do recado O mesmo olhar que impõe medo Impõe pecado Não somos livres de sentimentos Mas sabemos domesticá-los Temos para doar muito amor Mas escolhemos quem merece Mais que ninguém Sabemos o peso da dor Então é o óbvio que gosto do jeito que sou Mal eu me entendo Mas sei meu valor Consigo enfeitiçar sem querer Imagina quando eu tiver vontade De mim, não explorei nem metade Minha alma guardará todos os mistérios e lamúrias Meu corpo despertará suas luxúrias E no fim estarei no controle de novo Mas se eu me perder então É até saudável Não tem graça ganhar o tempo t...
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