Supérfluo - post
Nas sombras deixadas pela lua Eu, ser inferior de carne crua Penso na insignificância da minha existência O que há de vir de um homem sem crença? Repousado no chão de cascalho A dor parece agulhas que me perfuram deixando espasmos A dor que sinto é da morte cruel Que amaldiçoou meu fôlego Mas rogo que me leve ao céu Lágrimas caem pelo meu rosto outrora rubro Um homem que fora enganado, destruído, tirado do seu rumo Agora sinto que me vou Que criatura imbecil eu sou Os músculos se acalmam A mim retorna o tato Sinto-me triste mas perfeitamente imaculado Supérfluo amor Que acaba e deixa a dor Iguala-se a foice Enfeitiça e decepa o pescoço do sofredor Junto meu coração teimoso e ponho-o seu canto Insignificante, desprezível é meu pranto Levanto e vou para casa Por que o inigualável tempo Infelizmente não para