Uma história incompleta
Esse é o final de uma história que nunca aconteceu...
Ela tinha vergonha, nem fale nisso, talvez por que soubesse que era estabanada e fosse colocar tudo a perder, por isso ela tinha vergonha de ir falar com ele. Ah, ela também já havia se decepcionado com alguém antes, e sua alto estima para "rolos de amor", não era lá muito alta assim. Mas sei lá né, a vida é inteligente na hora de bolar seus planos, e no caso da Ela, o plano era vivenciar aquelas borboletinhas no estômago. Bom... Ele também não era muito diferente. Era tímido... mas dele eu não sei falar. Conheço a história dela, e nesse momento é o que importa.
Seus sonhos começaram a ser atordoados por Ele: nem que fosse mais só um rosto difuso se intrometendo ali, mas lá estava ele. Sorrindo daquele jeito que deixava ela boba sem motivo algum. Para ser sincera, ela nem sabia o que nele a havia chamado atenção. Talvez fosse por que Ele era um completo mistério para Ela, e ela gostava disso. Não sei, sou apenas a narradora aqui.
Eles se falavam, pouco, mas sim. Sinto em dizer que não havia muito em comum entre os dois, mas eles tinham recém se conhecido: as coisas estavam apenas fluindo, devagar, mas indo em frente. Ela morria cada vez que ia falar com ele: "E se eu disser uma besteira? Ele não me conhece o suficiente para saber que é brincadeira!". Incertezas e incertezas... Será que ele pensava o mesmo? "Acho que não né? Ele deve estar preocupado com outras coisas, e não com essa confusão que sou eu". Então deixamos por assim dizer. Ela estava querendo conquistar a confiança dele, mas tinha vergonha de fazê-la pessoalmente. Besteira dela na minha opinião. Ela tentava se aproximar indiretamente por um amigo em comum, porém ele também é envergonhado, então tudo ficava no 'nada'. Duas pessoas imaginando uma bela conversa mentalmente, sem nada saindo realmente. Poxa vida.
Outro dia Ela contou um sonho para ele, ( um dos muitos que tivera), ela não contou 'tuuuudo', mas o principal. A reação dele? "Pena que acordastes". "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA", foi a única coisa que a pequena pessoa confusão conseguiu pensar. Aí, segundo ela, vem a idiotice 'mor': a resposta. Ela provocou, mas se arrependeu no segundo seguinte. "E se ele não sentisse o mesmo? Ele poderia estar sendo só simpático!". É, eu não sei. Só posso afirmar algo: Ela vivia com medo do que os outros pensariam, com medo do "se", e isso fazia dela a pequena contadora de histórias, mas nunca a pessoa que as vivenciou. O medo é amigo, mas é aquele amigo traiçoeiro que temos que botar limites. Eu não saberia descrevê-la : já disse não? Ela era uma confusão sem fim. Uma hora parecia a pessoa mais ousada, na outra enterrava-se dentro de si e não saía mais. Mas nesse parte Ele entra.
"Então escreva um final e me mostre", foi o que ele escreveu. Isso era algo que ela sabia fazer. E o fez. Onde está? Aqui. Sim! O final que Ela escolheu não existe: essa história não teria um final inventado. Ela decidiu que eles ia escrevê-lo juntos, e depois mais tarde quando estivesse pronta, tornaria essa história mais uma na sua coleção. Desta vez com uma diferença: ela a vivenciaria.
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