O preenchimento do vazio é momentâneo, como se qualquer coisa fosse melhor que nada, mas nada é o que deve ser. Cada alegria, ou sentimento ocupa o espaço que deve ocupar, mas há aquele quarto vazio que ninguém consegue entrar. Eu, por ventura, não tenho a chave, e até hoje não encontrei quem a tenha. Devo eu a ter entregado em outros tempos, concedido meus segredos, mas então nos perdemos. Não vivo esperando que esse quarto vazio seja aberto, mas no fundo observo, cada ação que possa levar a isso. Será tudo isso uma armadilha do destino? Ou eu apenas que devaneio, enlouqueço, sem mal saber do que sinto?
Inquebrável
É óbvio que gosto disso Sou escorpiana Gostamos de ter o controle sobre tudo e todos Se não for pelo respeito Então que seja pelo desejo Ensinamos a nos olharem de baixo para cima Mas não em forma de humilhação Mas de admiração Mas se for para humilhar Então uma arte que dominamos E nem precisamos descer do salto Nossa frieza da conta do recado O mesmo olhar que impõe medo Impõe pecado Não somos livres de sentimentos Mas sabemos domesticá-los Temos para doar muito amor Mas escolhemos quem merece Mais que ninguém Sabemos o peso da dor Então é o óbvio que gosto do jeito que sou Mal eu me entendo Mas sei meu valor Consigo enfeitiçar sem querer Imagina quando eu tiver vontade De mim, não explorei nem metade Minha alma guardará todos os mistérios e lamúrias Meu corpo despertará suas luxúrias E no fim estarei no controle de novo Mas se eu me perder então É até saudável Não tem graça ganhar o tempo t...
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