O preenchimento do vazio é momentâneo, como se qualquer coisa fosse melhor que nada, mas nada é o que deve ser. Cada alegria, ou sentimento ocupa o espaço que deve ocupar, mas há aquele quarto vazio que ninguém consegue entrar. Eu, por ventura, não tenho a chave, e até hoje não encontrei quem a tenha. Devo eu a ter entregado em outros tempos, concedido meus segredos, mas então nos perdemos. Não vivo esperando que esse quarto vazio seja aberto, mas no fundo observo, cada ação que possa levar a isso. Será tudo isso uma armadilha do destino? Ou eu apenas que devaneio, enlouqueço, sem mal saber do que sinto?

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