A adrenalina percorre minhas veias
fazendo cada membro pulsar
o coração descompassa
a visão turva
não sinto nada
é tão repentino que não há segundos para se preparar
ela ataca
e mais uma vez me sinto fraca
ela é sempre mais forte
Assombrar-me-á até a morte?
"Eu estava bem!" - digo
"Mas não mais ficará" - ela retruca
A tensão me faz concreto.
Lágrimas percorrem minhas bochechas.
"Chega" - é meu único lamento.
Contudo ela não ouve;
não há ninguém para ouvir.
As palavras não saem pela boca
e sim, titubeiam pela cabeça.
Ah, chego ao fundo do poço e subo de novo tudo em segundos
A tensão se dispersa
E de concreto viro geleia.
Ânsias perturbam meu estomago
(ele não aguenta tanta turbulência)
Os ruídos cessam internamente
e sensação é de desmaio iminente
Mas nada disso vai acontecer.
A guerra que me assola é momentânea
porém frequente
Sei que é ela que sempre ganha
Sei também, apesar de tudo, que mesmo exausta ando me acostumando aos ataques
As estratégias não são mais indecifráveis.
É um caminho longo
destinado à morte.
Mas enquanto eu viver, não hei de ceder
que me vença! Tanto faz!
Choro, esperneio, vomito as dores...
Mas encontrarei meus momentos de paz
É é por eles que eu continuo a tentar.
V.Elisa~

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog