e sei lá
de repente vem esse medo absurdo
medo, medo de perder tudo
como se a felicidade fosse um pequeno momento
que do nada, simplesmente, escorre pelos meus dedos
ah... sei que são apenas medos
mas quando seu corpo paralisa
suas mãos soam
o ar não passa pelas suas narinas
acredite, o medo é tão palpável
sua imaginação voa
por tanto tempo me acostumei à partidas
(e já erro até na hora do verbo)
ninguém se acostuma com o adeus...
a gente só finge, de certo
então agora que tenho tudo
tudo é tão incerto
o abandono está tão perto
que meu instinto é me agarrar
em todas as incertezas, orar
para que eu não precise deixar ir
até por que, não tenho como impedir
se tudo for
me restará só eu novamente
e talvez até eu fuja de mim
aaah porque o medo vem me afligir
e quando a dor não cabe no peito
a gente se rasga por dentro
e em pedaços se remenda o melhor que pode
esperando alguém que chegue e diga
"ficarei contigo até a morte".
V.Elisa~

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