Feche os olhos agora e imagine você quando criança ao seu lado. Aquela criança ingênua, tão pequena, que ainda vai ralar muito o joelho no chão; vai se emocionar, se apaixonar, mas também vai ter o coração partido e lágrimas vão machar seu rosto. Você então cresce, e vê cada feição do seu rosto mudar, seus olhos são mais astutos, seu corpo já toma forma. Veja cada passo seu, cada queda, cada noite que passou em branco, cada dia que seu peito explodiu de alegria. Você é a sua mais presente companhia, a única que se viu crescer e a única que sabe como doeu, mas aquela criança ainda permanece ali dentro, precisando de amor. Mas você, você não é mais criança, agora você é forte, você é perspicaz, você pode protegê-la, você pode amá-la.
No momento que você se (re)conhece, você aprende a se ver tanto de fora, como, principalmente, a se ver por dentro. Você aprende amar cada cicatriz, cada fase sua, pois sabe que você é sua única guardiã. Você aprende a se cuidar e a ver, que não importa se você tem um milhão de defeitos, você é única. Torna-se sua própria filha e sua própria mãe. Pois você sabe cada detalhe do seu intimo, então quem mais adequada para lutar por você?
Começa aos poucos, você não aprende a se amar num estalar de dedos, mas começe hoje. Faça as coisas por você, não espere aprovação, construa todas as bases desse amor, exatamente como você faria com outra pessoa. Começe a amar sozinho. Aos poucos perceberá que quanto mais amor constróis em si, mais o terá para dar. Quando mais você compreende suas fraquezas, mais compreensivo será com os outros.
Amar a si a mesmo não é um ato egoísta.
Amar a si mesma é se jogar para o mundo com a certeza de que você voltará inteira.
V.Elisa~ 2018
Comentários
Postar um comentário