Desculpa, não sou rasa, mas às vezes eu serei. É complicado eu sei… se mal eu me entendo, quem dirá outro alguém. Contudo, não tire conclusões precipitadas, minha cabeça corre a mil, mas minhas ações às vezes serão nada. É pensar demais e desistir, ou agir por impulso e se destruir. Eu sou muito sim ou não, sem meio termo, e isso me parte ao meio. É algo que tento, juro que tento, consertar, mas é algo que está tão em mim quanto meu jeito de me mostrar. Eu darei para trás, mesmo que tenha sido a primeira a chamar, é uma certeza, mas eu não sei como controlar. Tenho tanto em mim, que mal sei por onde começar. Não serei cruel por querer, e não falarei sem ponderar, mas há verdades que vão apenas sair e se tiver por perto, acabará por escutar. Eu não me apaixono, ao mesmo tempo que quero, também não acredito em certos amores. Mesmo assim me apego e volta e meia me pego querendo trocar olhares e receber flores. Eu não me sentirei confortável, nem de primeira nem de segunda, e talvez não queira conversar às quartas, mas talvez eu me abra e me jogue e arrisque ser ousada. Talvez não com a mesma pessoa, nem ao mesmo tempo. Há coisas que não dependem do tempo, mas eu preciso do meu. É o espaço mas é o estar colado, e não me sinto bem em nenhum estado. É o medo, é a raiva, é o ódio, é afastar e martirizar. Eu firo mas saio lesionada, como dois gumes em uma faca. Se acerta um, acerta o outro e a cicatriz se torna o dobro. Ou talvez só eu carregue a marca.
“Mal-amada, safada, só brinca e se safa, deve ser mais uma que só quer mais um que a afaga”.
Eu vou fugir, antes de ouvir o seu adeus, mas então eu posso voltar. Não tenho senso da despedida nem de quando deu. Eu direi sim querendo dizer não, e isso vai me prejudicar. Eu sei o que não quero, mas me desfaço tanto, que não lhe contarei, até que eu só vá na onda e nem mais eu saberei. Eu me contradigo em tudo que faço e choro a noite por não saber me encontrar entre os pedaços. Você não verá isso. Eu não deixo. Sou rasa nas beiradas mas funda nas águas bravas, e você não passará da primeira. Eu tenho noção do perigo que eu mesma sou. E eu quero só ser a segurança. Mas se você chegar a se afogar, não foi por falta de aviso. Sou mansa, mas tudo ao meu redor alerta “perigo”. E eu pedirei desculpas, mesmo não estando errada, porque eu sinto tanto em ser tão estranha e mal encaixada. Ademais também direi obrigada, mesmo que não tenha feito nada. Às vezes penso que conviver comigo é um grande sacrifício. Eu me dito livre mas sou presa em tudo que me construiu, e não é tão fácil se moldar de novo. Eu nem saberia o que ser. Eu mal sei quem sou e ainda não sei tudo, ser outro, talvez, só me trouxesse infortúnios.
E como vistes, cada frase foi uma diferente da outra. E talvez eu tenha lhe assustado. E nem falei tudo! Esqueci da metade, ou na verdade estão bem anotados, apenas preferi deixar de lado… Eu sou uma contradição, e prefiro que se mantenha longe, mas talvez lhe implore para ficar. Viu? Nem na conclusão eu sei me achar. Eu só quero que você não se machuque e que também tenha a mesma intenção para mim. Já sou tão complexa assim, imagina com mais uma ferida. E eu sei que você não entendeu nem a metade, nem vou lhe exigir que entenda. Nem eu sei. E ao mesmo tempo que espero que esteja com medo, quero que não fuja. Tudo isso você só sabe por que escrevi, se não, seria um detalhe de cada vez, em certos momentos.
Na real, acho que todos são assim, mas pouco tem coragem de admitir seus defeitos. Eu apenas falo tudo pelos cotovelos. Afinal por mais complexo que seja, às vezes é mais simples do que parece. É só até aprender como funciona, e então fazer o que lhe apetece e ser sábio ao saborear. Porque tudo se resume, em no que você quer degustar e o que será mais proveitoso à você em enxergar.

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