E essa insegurança que bate forte no peito e me derruba
Ela é melhor que eu
Está mais tempo que eu
Estou ocupando o espaço que não pertence
Tentando me encaixar em cômodos que não me abrigam
E eu sei...
Eu sei que é uma questão de tempo
Ou só questão de paranóia minha
Mas dói
Tão intenso que as vozes me perseguem
Por tanto tempo a minha porta esteve fechada
Que agora, aberta, sinto cada brisa
E temo sua partida
Mas se eu trancá-la de novo
Serei prisão
E não o que quero isso
Então aguentarei o frio que estou sentindo
E o medo do escuro lá fora
E lhe oferecei um café para aumentar sua estadia
(Eu tenho medo de ficar aqui sozinha)
Já me acostumei com o seu cheiro no ambiente
E com sua voz a ecoar
Me dói saber que eu talvez não ocupe o mesmo lugar
Que ela já esteve muito mais presente lá
E sim
É passado
Mas quantas vezes ele volta para nos atormentar?
E eu tenho medo de não ser o suficiente
E me encontrar perdida de repente
De não ser sua primeira escolha
Mas sabe...
Eu quero ser seu lar
Mas eu também não for
Não há mais nada que eu possa lhe dar
Você tem tudo que eu jamais soube sequer demonstrar
Está nas suas mãos
Contudo sei muito bem me cuidar
Se ela é que deve estar aqui
E eu que sou a peça avulsa
Eu saberei lhe conduzir a saída
Ou lhe desejar "ande pelas sombras" caso se retire antes de eu falar
Porque a insegurança bate forte no peito e me derruba
Ela terá o que queria que fosse meu
Mas eu tenho o que ninguém jamais vai me tirar
O amor que eu ainda tenho para quem souber também me amar.
V.Elisa~
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