Ela e as Palavras Arquivo

          Ás vezes é difícil né? Parece que o mundo está lentamente caindo em cima de você, sendo que você se esforçou tanto para costurar os pedaços. E você tentou.... Tentou tando que por um momento você achou que estava bom, mas não estava. E nem era o seu mundo que você estava tentando consertar, apenas achava ser seu dever. Mas o que adianta tentar consertar o mundo de outra pessoa, se ela o rasga de novo? Se ela dá um jeito de afloxar os pontos? Então pare. Talvez eles valorizem seu trabalho. Ou talvez não. Mas você você tem seus próprios trapos para juntar e montar seu mundo. Quanto mais demorar para você começar, mais difícil será de perceber isso. Por isso agora, pegue seus trapos do chão- aqueles que deixou para depois- e saia andando. Haverão muitos rasgos e más emendas assim que abandonar. Mas não se engane! Não serão os seus. Linha por linha, comece a traçar seu mundo, e deixe que o rasgo dos outros eles aprendam a remendar.

Escutei tua voz tão ao longe me chamando O sol já vinha caindo e a vida se acabando Mas algo me puxou tão forte Que parecia que o ar era o que me matava O coração voltou a bater Batia tão alto como se contando os segundos Na escuridão deu-se o teu rosto em lágrimas E nos meus ouvidos sua voz agora soava clara Tu me chamavas, praticamente berrava para que eu não fosse embora assim Tu me conduzistes de volta Com tua alma conectada a mim Então esse talvez fosse meu destino: Viver.... porém viver por ti

O mundo foi criado em dois fatos: Primeiro se sobrevive, depois se vive.

Eu sou poeta Qualquer coisa que eu escreva é indireta De algo ou para alguém Com amor ou com desdem

Queria pedir um abraço Mas mal falo com você Hoje é dia do abraços E nos seus eu queria me perder

Vejo a vida virando páginas desgastadas E histórias já repetidas A única coisa que não muda É eu chorar pelas partidas

Don´t try to tell me who I am Your face is like water on my head Is so soluble You don´t interfere in anything Just another stone in front of me You don't worth what it seems You talk so frivolously Thinking you have the right to judge Apparently Your time has gone No one applauds your coming Because you´re not applauded when you were leaving That's a fact Nobody was affected By you Was just onother person Out of school

Ah meu amigo, meu camarada Meu irmão, meu 'parça' Sempre estivemos juntos nessa caminhada Já passamos por cada coisa, né cara? Fizemos as malas Nos perdemos na estrada Voltamos para casa Rimos da nossa roubada (Sempre rimos do nada) Fizemos uma banda na garagem Os caras curtiram a alta voltagem Apagamos toda a cidade Fomos presos por pura malandragem Conquistamos as meninas Enfrentamos inúmeras brigas Rejeitamos nossa ira E sofremos juntos por quem partira Quase morremos nas melhores E sobrevivemos nas piores Avacalhamos a morte E aprendemos com nossa sorte Aí irmão Já vivemos cada emoção Tamo junto aí até no 'busão' Se precisar, juntos perdemos a noção

Houve uma guerra nos céus Lutaram entre si um Anjo e um Demônio Depois de muita labuta O Anjo venceu a luta Então o Demônio foi expulso Sem sinal de piedade Suas asas arrancadas Caiu com extrema brutalidade Na terra lamacenta Sofria os últimos minutos de dor e tormenta Ele foi errado apenas uma vez E logo fora escorraçado Está aí a prova: Ninguém é todo Anjo E nem todo desgraçado

      Eu quero mudar tudo! Pensamento, roupa, cabelo, voz, palavras, atitudes... Quero mudar cada peça, e tirar cada uma do seu lugar. Quero bagunçar tudo e deixar por assim. Organizado demais, arrumadinho de mais, sempre revela seus defeitos de mais. O bagunçado é o bom, de tanta bagunça se reconhece quando organiza. Não quero mudar por que não me gosto, muito pelo contrário. Quero mudar por que já é tempo de ver as coisas de maneiras diferentes. Não mudarei para "normal": isto é algo que nunca fui e nunca serei. Mudarei para um outro lado meu: um lado onde até pode ser mais quieto, mas não menos sorridente.

Com Saulo Barbosa Enxergo nos seus olhos O brilho que possui a sua alma Mas por que eles parecem tão tristes? Princesa sorria e mantenha a calma Porque quando os seus lábios sorriem O mundo inteiro se enche de graça A tristeza passa É como o sol nascendo Parece que toda escuridão Vira um pequeno nada O mundo está a um sorriso de você Faça valer Porque a sua alma tem muito brilho Para se deixar abater por isto ou aquilo Nada é tão grande Que valha o seu sofrimento Nada é eterno, tudo é momento Sua lágrima é uma gota de cristal Que agora cai em minhas mãos Se tudo ficar difícil princesa, eu acalento seu coração Não é por que o mundo não te vê Que você seja invisível Você é apenas pequena nessa imensidão Mas pequenos se tornam grande por sua paixão Mesmo que os teus caminhos forem tortos Na imensidão de pensamentos mortos Brilhe intensamente Até que o universo te note Antes que o mundo te reinvente Seja a vida além da morte... Brilhe tão intensamente Q

Quero jogar tudo para fora: cada dor, desamor, raiva, tristeza. Tudo aos berros para ter certeza de que serei ouvida. Quero falar, e despejar todas as inúmeras críticas. Sem dó, sem pesar: não pensaram em mim quando fizeram o mesmo. Quero esganar essa culpa que só me faz andar para trás, calar essas vozes ignorantes que gritam sem mediar. Quero quebrar essa barreira inútil, que separa o que ser quer, do que se deve fazer, e se for preciso, construir tijolo por tijolo para deixar os de mente fechada para trás. Cansei de servir de escada, de estar mendigando ser amada. Calar demais dá nisso: uma revolta que não dá em nada. Não entendem, não te apoiam, não te valorizam: quando algo acontece, você é a culpada. Cansei de ser a culpada, a que liga os elos, a que equilibra as pessoas: eu perdi o equilíbrio, e aos poucos perco as pessoas. Perderei muito em mudar, em deixar de me preocupar, mas que mudança não deixa muito para trás? Não serei mais quem espera a chegada, tenho a minha própr

         Tem dias que a gente deita pensando em coisas coisas ruins. Chega até a pensar em coisas idiotas como dormir para sempre. As lágrimas começam a rolar pelo seu rosto, deixando rastros dolorosos. Seu nariz começa a ficar entupido e sua garganta se fecha de palavras acumuladas. Você quer gritar, bater, virar o mundo de cabeça para baixo para quem sabe esse ser o lado certo. E então de repente, o parapeito da janela parece reconfortante. Seus pensamentos te induzem a ir ali. Você senta na janela e olha para baixo. "É tão alto". Já pensou como seria incrível sair voando por ali? Parece uma ideia tentadora, mas você não vai. Num súbito de lucidez você apenas volta para a cama, com a cabeça girando e com os olhos vermelhos, e torce, apenas torce, para que amanhã tudo seja diferente.

E num saco de plástico uma poesia também pode ser criada; Pois a imaginação só se limita; Quando a mente fica fechada. Numa espera indeterminada; Faço uma rabiscada. Na ausência do que fazer; Eu escrevo nada com nada; No plástico em cima da bancada. E acabo minha escrita assim; Com a caneta já falhada.