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Mostrando postagens de maio 16, 2014

Princesa

Com Saulo Barbosa Enxergo nos seus olhos O brilho que possui a sua alma Mas por que eles parecem tão tristes? Princesa sorria e mantenha a calma Porque quando os seus lábios sorriem O mundo inteiro se enche de graça A tristeza passa É como o sol nascendo Parece que toda escuridão Vira um pequeno nada O mundo está a um sorriso de você Faça valer Porque a sua alma tem muito brilho Para se deixar abater por isto ou aquilo Nada é tão grande Que valha o seu sofrimento Nada é eterno, tudo é momento Sua lágrima é uma gota de cristal Que agora cai em minhas mãos Se tudo ficar difícil princesa, eu acalento seu coração Não é por que o mundo não te vê Que você seja invisível Você é apenas pequena nessa imensidão Mas pequenos se tornam grande por sua paixão Mesmo que os teus caminhos forem tortos Na imensidão de pensamentos mortos Brilhe intensamente Até que o universo te note Antes que o mundo te reinvente Seja a vida além da morte... Brilhe tão intensamente Q

Quero jogar tudo para fora

Quero jogar tudo para fora: cada dor, desamor, raiva, tristeza. Tudo aos berros para ter certeza de que serei ouvida. Quero falar, e despejar todas as inúmeras críticas. Sem dó, sem pesar: não pensaram em mim quando fizeram o mesmo. Quero esganar essa culpa que só me faz andar para trás, calar essas vozes ignorantes que gritam sem mediar. Quero quebrar essa barreira inútil, que separa o que ser quer, do que se deve fazer, e se for preciso, construir tijolo por tijolo para deixar os de mente fechada para trás. Cansei de servir de escada, de estar mendigando ser amada. Calar demais dá nisso: uma revolta que não dá em nada. Não entendem, não te apoiam, não te valorizam: quando algo acontece, você é a culpada. Cansei de ser a culpada, a que liga os elos, a que equilibra as pessoas: eu perdi o equilíbrio, e aos poucos perco as pessoas. Perderei muito em mudar, em deixar de me preocupar, mas que mudança não deixa muito para trás? Não serei mais quem espera a chegada, tenho a minha própr

Tem dias

         Tem dias que a gente deita pensando em coisas coisas ruins. Chega até a pensar em coisas idiotas como dormir para sempre. As lágrimas começam a rolar pelo seu rosto, deixando rastros dolorosos. Seu nariz começa a ficar entupido e sua garganta se fecha de palavras acumuladas. Você quer gritar, bater, virar o mundo de cabeça para baixo para quem sabe esse ser o lado certo. E então de repente, o parapeito da janela parece reconfortante. Seus pensamentos te induzem a ir ali. Você senta na janela e olha para baixo. "É tão alto". Já pensou como seria incrível sair voando por ali? Parece uma ideia tentadora, mas você não vai. Num súbito de lucidez você apenas volta para a cama, com a cabeça girando e com os olhos vermelhos, e torce, apenas torce, para que amanhã tudo seja diferente.

Saco plástico

E num saco de plástico uma poesia também pode ser criada; Pois a imaginação só se limita; Quando a mente fica fechada. Numa espera indeterminada; Faço uma rabiscada. Na ausência do que fazer; Eu escrevo nada com nada; No plástico em cima da bancada. E acabo minha escrita assim; Com a caneta já falhada.