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Mostrando postagens de novembro 25, 2014
Ela tinha muitas palavras. Ela era quase um dicionário ambulante. Falava, falava e falava e nunca lhe faltaram letras. Era sua forma de se expressar: palavras cruzadas não era um desafio, as conhecia de cabeça para baixo. Ela sempre sabia o que dizer, e não perdia a oportunidade de intervir. Alguns a achavam incrivelmente chata, outros viam uma incrível simpatia. Eis que ele cruzou a vida dela, e de repente aconteceu algo inacreditável: ela ficou sem palavras.
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A morte não me assusta. A morte vem rápida e já não há mais nada. A vida, porém, sofre-se devagar, até a rendição. Viver é inevitável, cheia de acertos, equívocos, agitada, conturbada, excitante. A morte é calma, densa, acolhedora. Não prefiro nem uma, nem a outra. É o que é: um ciclo. Viver é uma missão irrecusável, e morrer é uma grande aventura.

Solidão

  No meio de todas aquelas pessoas, ele se sentia sozinho, mas incrivelmente bem. Era estranho sentir o vazio- talvez até amedrontador- mas não ruim. O vazio o completava tão bem... Chegou a conclusão que ele a solidão formavam um belo par.   À noite ele a chamaria para dançar.

Au Revoir

       Estou sozinha, olhando pareço bem perdida... no caso, estou mesmo. Se me entendes, porém, não me sinto tão forte há muito tempo. Isso não significa segura, apenas forte. O sorriso já não vem fácil como antes, mas as lágrimas também; se petrificaram. Eu mudei, e não sei listar nenhuma dessas mudanças, porém eu sinto, e os outros também. Creio fazer parte de crescer. Paramos de fazer birra, brigar com o tempo, achar um culpado; e finalmente, vemos que o ator de tudo é nós mesmos. Ou pelo menos devia ser assim.       É acho que estou bem perdida, contudo, como se achar sem se perder? Eis que aqui comece minha busca, talvez...       Boa sorte e au revoir       Não me prendo nem em mim, quanto mais à quem não quer ficar.

Mais ou Menos

A vida vai mais ou menos O coração vai mais ou menos Os estudos vai mais ou menos A família vai mais ou menos O humor vai mais ou menos Tudo está mais ou menos O bom é que não está para mais Nem para menos Não quero mais exageros Mas mais ou menos É um estado bem traiçoeiro
      O abraço dela me acalentava, fazia-me sentir em casa como nenhum outro. O incrível? Eu mal a conhecia de fato. Porém, ela não era alguém comum. Apenas de olhar para ela eu sabia. Não havia um sorriso tão calmo e acolhedor em toda a cidade; não havia uma lágrima que doesse mais ao ver correr do que as dela- quem diria que anjos choram?. Eu tive a sorte de conhecer um anjo tão humano, ou um humano tão anjo, que seja.O abraço dela continua sendo meu lar e o sorriso dela minha pequena e instantânea alegria.