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Mostrando postagens de julho 4, 2014

Diante

Você quer ficar sozinho No seu silêncio gritante A dor consome E o sussurro vira berro em um instante Deixa eu cuidar de ti Mesmo tão distante Apenas quero lhe ver sorrir E seu coração encontrar o meu Nessa estrada angustiante Mesmo longe, juntos Percorrendo nosso destino De mãos quase se tocando adiante

Guerra Invisível

Há uma nova guerra acontecendo Ninguém a vê Mas todos a vivem Está no ar Está dentro de nós Uma guerra invisível que ninguém vence E cada um precisa enfrentar só Amigos ou inimigos não se diferenciam Todos estão no mesmo lado e em lados opostos Armas à postos Não há fogo Apenas a dor que arde Não há alarde As mortes são por dentro Vida ao avesso Cansei de ver olhos mortos Distantes num horizonte inexistente O passado presente Quero poder abraçar o mundo E afastar o frio que congela as almas Calar as palavras afiadas E beijar a boca difamadora Segurar a mão de quem agride Se estiverem ocupadas Talvez não machuquem Se forem amadas Talvez não surtem Não é de amor que precisamos É de saber amar De saber desarmar Pois a mão que segura uma arma Tem que saber soltá-la Até então continuamos em guerra A mesma invisível, impotente e solitária Com suicídios não só ao corpo mas à alma Aclamemos! Aclamemos! Não só paz entre as pessoas Mas a paz à nós mesmos!