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Mostrando postagens de abril 24, 2016
O preenchimento do vazio é momentâneo, como se qualquer coisa fosse melhor que nada, mas nada é o que deve ser. Cada alegria, ou sentimento ocupa o espaço que deve ocupar, mas há aquele quarto vazio que ninguém consegue entrar. Eu, por ventura, não tenho a chave, e até hoje não encontrei quem a tenha. Devo eu a ter entregado em outros tempos, concedido meus segredos, mas então nos perdemos. Não vivo esperando que esse quarto vazio seja aberto, mas no fundo observo, cada ação que possa levar a isso. Será tudo isso uma armadilha do destino? Ou eu apenas que devaneio, enlouqueço, sem mal saber do que sinto?
Será que em alguma vida eu vivi algo tão intenso que minha alma não consegue esquecer e minha memoria não consegue alcançar? É possível que essa seja a causa da saudade de algo que nunca se teve, da dor que nunca se passou, do vazio que toma conta? Se for isso, há de interferir o destino. Pois o que é feito para ficar junto não se pode separar, e nem em cem vidas um amor pode se apagar.

Como posso te falar do amor?

    Como posso te falar do amor? Como posso te dizer para não criar expectativas se é exatamente o que fazemos? Como posso te dizer para não confiar muito se o amor se baseia nisso? Como posso te dizer para manter o orgulho e se valorizar, se quando amamos as vezes precisamos dispensar isso? Não posso te dizer para terminar se no amor nem sabemos sequer quando começou. Como te dizer para não esperar muito, mas se ao mesmo tempo você precisa ter paciência? Como posso te dizer para perdoar, se quando amamos não sabemos o que é perdoável ou não? Não posso te falar de amor. O amor é uma questão de tempo, de saber o tempo certo, e nem ao menos isso sabemos dizer quanto ou quando. O amor é diferente para cada um que senti-lo. Talvez você encontre alguém que pense igual a você ou talvez quem te faça mudar de ideia. Mas ele sempre será uma contradição e você vai ter que descobrir o que fazer. Mas quando amar minha filha, você vai saber que é amor. Não tenho como te dizer como, afinal, novame